quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Entrevista com Tommy Karevik

A equipe do Kamelot Suécia publicou há algumas semanas em sua página do Facebook uma entrevista exclusiva com o novo vocalista do Kamelot, Tommy Karevik. Na entrevista, Tommy comenta sobre as mudanças pelas quais tem passado desde que assumiu o novo posto na banda, suas impressões dos shows até o momento e as expectativas para o futuro da banda. Confira a tradução da entrevista abaixo.

  
Kamelot Suécia (KS): Parabéns pelo novo emprego! O Kamelot Suécia está muito orgulhoso e feliz pelo fato de o novo vocalista do Kamelot ser Sueco. A ficha já caiu?
Tommy Karevik (TK): Obrigado! Na verdade, sim e não. O Kamelot ficou sem vocalista por quase dois anos e durante este período muitas coisas eram incertas. Mas isso também me deu tempo para pensar em tudo quase eu fosse o escolhido. Dito isso, é impossível estar completamente preparado para a montanha russa que disparou quando meu nome se tornou oficial.

KS: O que passou pela sua cabeça quando você rcebeu a proposta?
TK: Acho que minhas primeira reações foram bem Suecas. =) Eu sou bombeiro em turno integral e ser vocalista do Seventh Wonder também é um trabalho de turno integral, e também tenho a minha querida namorada Silvia. Ainda ter mais um trabalho de turno integral em uma renomada banda internacional com ambições de turnês e outros planos futuros não foi uma escolha óbvia no ínicio. Eu fui músico convidado na turnê Européia de 2011 e comecei a sentir a música  e todos aqueles ao redor da banda naquela época. Quando o Thomas me convidou eu não tive nenhum dúvida!

KS: O retorno pela internet tem sido incrível. Você está nervoso com relação a reação dos fãs quando o anúncio foi feito?
TK: Com certeza fiquei um pouco nervoso... Eu entendo completamente as pessoas que são emocionalmente ligadas ao Roy e todos os álbuns anteriores do Kamelot. Dito isso, sóposso ser eu mesmo e dar o melhor de mim. Estou confiante e muito feliz com o retorno positivo que tenho recebido!

KS: Como foram as reações ao encontrar seus fãs nos shows?
Tem sido incrível! Tantos tem estado tão felizes e também me apoiado muito. Eu estava preparado para o pior. Estou muito agradecido  por tudo estar dando tão certo. =)

KS: Vocês tocaram um nova música, "Sacrimony", nos festivais de verão. Como foi a reação do público?
TK: Surpreendentemente boa.=) Por experiência própria, quando você toca uma música nova ao vivo que ninguém tenha escutado antes, a reação normalmente não é de muito entusiasmo. Mas não foi este o caso! Acho que as pessoas estão muito felizes por haver um novo álbum do Kamelot saindo logo e pela situação de um novo vocalista ter acabado!

KS: Com o Kamelot você se apresentou frente a um público bastante grande comparado ao que você está acostumado com o Seventh Wonder. No Wacken Open Air você se apresentou para um púbico de 70.000 pessoas. Como você se preparou antes deste show?
TK: Acontece naturalmente. =) Quando você sabe que em breve você irá se apresentar em frente a tantas pessoas não é difícil ficar eufórico. Nós temos um pequeno ritual ante de entrar no palco, que inclui todos da banda e da equipe. É importante pela união e o resultado de todos se sentirem incluídos.

KS: Até agora, qual a sua música favorita para cantar ao vivo?
TK: Sinto uma ótima sensação ao cantar "Center of The Universe"! Foi muito divertido cantar na última turnê. Não vou fazer de conta que cantar "Sacrimony" vivo não seja ótimo. =)

KS: Qual festival foi o mais divertido para tocar neste verão?
TK: Wow! Todos foram incríveis à sua própria maneira, mas acho que tenho que dizer que foi o Kavarna na Bulgária. Não tínhamos nenhuma expectativa antes do show mas o público nos deu o seu melhor!

KS: Qual foi o momento mais vergonhoso para você em um show?
TK: Não tenho certeza...Pelo menos o pior que aconteceu foi uma das chamas de pirotecnia ter me atingido bem no rosto durante um dos show com o Kamelot, em Oslo em 2011. Fico feliz  que apenas minhas sobrancelhas e cabelo que sofreram uma transformação.
Um momento embaraçoso foi quando toquei na Holanda com o Seventh Wonder pela primeira vez. Tínhamos alugado um carro e dirigido desde Estocolmo. Eu estava deitado na parte de trás do carro, muito doente e sem voz. durante o show minha vo era como um trator velho e foi uma das coisas mais vergonhosas que já vivi. Eu queria sumir da face da Terra. =) É terrível quando você sabe que pode fazer melhor que isso.

KS: O próximo álbum, "Silverthorn",é um álbum conceitual. Você pode nos contar um pouco sobre ele?
TK: Em resumo, a estória se passa na Inglaterra do século XIV. Tudo gira em torno de uma família poderosa cujo destino está selado por uma morte inesperada. É daí que a estória segue e leva o ouvinte numa jornada através de paisagens musicais e tempestades emocionais. Contém de tudo; amor, ódio, desespero, confiança, felicidade, mágoa, inveja e raiva. Acho que vamos guardar o resto para quando o álbum sair.

KS: Você pode mencionar mais algumas faixas de "Silverthorn"?
TK: Algumas faixas são "Prodigal Son", "Ashes to Ashes" e "Song For Jolee".

KS: O álbum anterior, "Poetry For The Poisoned", foi lançado em diferentes edições,como por exemplo, em vinil autografado. Em quais formatos "Silverthorn" será lançado?
TK: Será lançado em ECOLBOOK, um box set que contém um livro com a estória sobre "Silverthorn" e um poster. Também será lançado em vinil.

KS:Você substituiu Roy Khan, que tinha uma presença de palco bastante única, você se incomodou ao ser comparado com ele?
TK: Não. Eu serei eu mesmo e não penso muito a respeito disso. Acho que a música canaliza certas emoções e exige uma certa presença de palco. O mais importante para mim é que o público sinta o que eu sinto no palco. Então eu obtive sucesso! Quando o asssunto é a similaridade entre nós como cantores, sempre haverá coisas que fazemos igual e coisas que fazemos diferente, mas não escolho focar nisso.

KS: Você gostaria de dizer algo àqueles que ainda estão de luto pela saída do Khan?
TK: Eu os compreendo.Seria difícil para mim se eu tivesse que ver minha banda favorita substituir o vocalista. Para alguns, vai levar um tempo até que se acostumem, é assim que funciona, mas sou paciente. =) Acho que o mais importante agora é focar no fato de que o Kamelot ainda existe. Os incríveis álbuns anteriores ainda estão aí e ao mesmo tempo a banda tem a possibilidade de encontrar novos caminhos, territórios ainda não explorados. Com um vocalista que, além de tudo, está disposto a se entregar de corpo e alma em não apenas um novo futuro, mas também no material antigo.

KS: Você tem alguma expectativa para as próximas turnês? Você está ansioso para visitar algum país em especial?
TK: Acho que devo dizer todos... Adoro visitar novos lugares. è uma pena não termos muito tempo em cada lugar. Fora isso, estou muito ansioso para tocar em Estocolmo em Novembro. É legal principalmente por ser minha cidade natal e a plateia estará repleta de amigos e familiares!

KS: Existe a possibilidade de fazer um upgrade de ingressos, do normal para um VIP. Você pode nos dizer o que o VIP significa?
TK: Significa que a pessoa pode entrar no local do show antes, tem acesso ao Meet&Greet, uma foto com a banda e um presente especial.

KS: Vocês gravaram um vídeo e Belgrade. Você pode nos dizer para qual música ou ainda é um segredo?
TK: O primeiro video será "Sacrimony". A música conta coma  participação especial de Elize Ryd (Amaranthe) e Alissa White-Gluz (The Agonist).

KS: Quando poderemos ver o vídeo?
TK: Acredito que antes do lançamento do álbum.

KS: Você tinha uma vida normal onde a música era um hobby e agora os papéis se inverteram, você irá viajar e fazer diversas apresentações. Você já se acostumou com a vida no ônibus da turnê ?
 TK: Eu tenho vivido na estrada já há algum tempo. É conveniente levar o seu quarto de hotel à cada local de show. Apesar de ser difícil para um cantor estar exposto ao ar condicionado o tempo todo, e é difícil ficar bem se alguém fica doente, mas éo mesmo para todos. E é  uma bela experiência para um pequeno grupo de pessoas ficar tanto tempo junto em umespaço pequeno. =) Vocês já assistiram Big Brother?


KS: O que vem primeiro quando você compõe, a letra ou a música?
TK: Varia. Depende se eu recebo a ideia de uma música para escrever melodias ou letra, ou se eu faço tudo sozinho. Às vezes existe um tópico em que eu me baseio e construo a música ao redor disso. O mais importante para mim é que a letra e a melodia reflitam a emoção que a música está passando.

KS: Quem é o seu primeiro ouvinte?
TK: Muitas vezes é a minha namorada Silvia. Ela escuta música com o coração e normalmente me dá uma dica se estou no caminho certo ou não. =)

KS: Em entrevistas anteriores você mencionou algumas de suas inspirações musicais, como por exemplo Jorn Lande. Fora da cena musical quem inspira você?
TK: Minha família e meus amigos. E com relação ao resto, me sinto verdadeiramente inspirado por pessoas que dedicaram suas vidas a algo ou alguém...que gastaram tempo todos os dias para atingir seus objetivos...que vão contra a corrente...e se tornam ótimos naquilo que fazem...pessoas que chegaram do outro lado como vencedores! Isso me inspira. Eu sei que tipo de paciência e persistência se precisa quando os outros desistem.

KS: O que você queria ser quando crescer?
TK: Bombeiro.

KS: Onde você acha que vai estar em 10 anos?
TK: Espero que onde eu queira estar.

KS: Ótima resposta! ;-) Você ainda estará morando na Suécia?
TK: Quem sabe. Eu amo a Suécia. Apesar de achar que o verão é muito curto, maravilhoso mas como um espirro no meio de um inverno que é longo demais...

KS: Que outros interesses você tem além da música?
TK: Viajar, comida e exercícios físicos são exemplos.

KS: Qual o seu programa de TV favorito?
TK: Eu raramente assisto TV. Raramente tenho vontade de sentar em frente à TV quando tenho tantas coisas que quero fazer. É uma pena que um dia tenha apenas 24 horas.

KS: No Seventh Wonder você escreveu "The Great Escape" em parceria com o Andreas Blomqvist, que é baseada no poema "Aniara". Você lê bastante?
TK: Quando tenho tempo e energia eu leio bastante. Quando estou num clima criativo eu normalmente não tenho tempo para isso. Toda a energia vai num sentido só, para fora do corpo.

KS: Eu, como leitora assídua, preciso aproveitar a oportunidade para divulgar a literatura Sueca a todos os fãs de Kamelot. Qual livro/autor Sueco você acha que as pessoas deveriam ler?
TK: Acho que "Aniara" de Harry Martinsons é poderoso em diversos sentidos. Além de usar uma linguagem incrível, o tópico é bastante atual, mesmo tendo sendo escrito na década de 1950. A que tipo de mundo estamos trazendo nossos filhos e que tipo de futuro estamos oferecendo a eles? A raça humana precisa acordar e assumir responsabilidades. Esse é o ponto mais importante nos debates públicos de hoje em dia.

KS: Qual foi o último livro que você leu?
TK: "Iskallt och stenhart" de Rickard Flinga. [Nota: Autobiografia de um ex-condenado que passou vinte anos em uma prisão norte-americana.]

KS: Qual foi o último filme que você assistiu?
TK: Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge

KS: Há alguma coisa que você gostaria de dizer aos fãs na Suécia?
TK: Estou muito ansioso para vê-los em Novembro! Vamos mostrar aos Americanos e aos Alemães como são as coisas de verdade!

KS: Muito obrigado por ter tido o tempo de responder todas as perguntas! Boa sorte com tudo Tommy, nos vemos no Outono!
TK: Certamente, obrigado!

Fonte: Kamelot Suécia - Facebook

Nenhum comentário:

Postar um comentário